sexta-feira, 29 de abril de 2011

Time for popcorn #9


Esta semana temos o prazer de aconselhar o filme Beleza Americana, um filme dirigido por Sam Mendes, de 1999.
Beleza Americana é um drama que nos mostra a vida de um pai de uma família norte-americana que, no começo da sua velhice, lentamente vai mudando a sua forma de pensar e viver a vida: é atraído pela jovem amiga da sua filha, demite-se do seu emprego não sem antes conseguir uma indemnização generosa em troca de não revelar os segredos dos seus superiores. Com esse dinheiro Lester Burnham vai realizar todos os seus sonhos de adolescente.
Como pano de fundo e tónica moralista, temos a exploração de temas como a importância imposta pelas sociedades modernas na aparência e no êxito económico de tal forma que reduzem as relações interpessoais, deformando-as e gerando a necessidade de um escape à realidade.
Decidimos abordar este filme aqui porque retrata a crise de meia-idade que, actualmente, adquirimos como certo de acontecer à medida que envelhecemos. Hoje, não só há a adolescência como um período conturbado pelas mudanças que se operam em nós, como também lidamos com uma crise à medida que amadurecemos e vamos envelhecendo. Parece-nos ser uma experiência motivada mais pelas suas mudanças psicológicas: existem perdas físicas (força, envergadura e equilíbrio), cognitivas (audição, percepção, memória) e certos ganhos emocionais que de repente se tornam demasiado óbvios e, a nossa concepção enquanto “EU” colide com a imagem que, de facto, se reflecte no espelho. Encarar o tempo na certeza de não existir um regresso à juventude muitas vezes torna a vida num verdadeiro tédio e cansaço pela espera de um fim. A ideia de fim de vida parece-nos algo demasiado ameaçador, por isso procuramos conforto na juventude que ainda podemos alcançar. Porque sabemos que ainda somos capazes de certas coisas ou porque nos parece demasiado cedo e ainda não vivemos tudo. Parece então ser necessário revolucionar o pensamento, não ignorando a verdade do tempo que passa, que proporcione uma melhor qualidade de vida e sobretudo, uma forma de idealizar a vida mais saudável e serena.    
Esperemos que goste e desfrute este belíssimo filme. 

como sempre aqui fica o site do IMDb onde poderá consultar ainda os prémios atribuídos ao filme, além de todo o elenco e equipa técnica: http://www.imdb.com/title/tt0169547/

Desafio #3- Juno

Esta semana fomos desfiados a abordar o filme “Juno” à luz das nossas temáticas.

À primeira vista parece ser um filme que fala (mais uma vez) da gravidez na adolescência mas, de facto, “Juno” foca-se num conjunto bem mais abrangente de temáticas.

Poderemos falar da dificuldade de uma família (neste caso os pais) em encarar uma gravidez, parecendo para esta de mais fácil compreensão se a protagonista cometesse actos socialmente incorrectos, como drogar-se ou conduzir bêbeda. Inicialmente não é um assunto que seja fácil, porque acarreta muitas mudanças na vida de uma pessoa e claro está, uma adolescente, que ainda estuda, pode não estar preparada para elas. Como tal, é difícil para os pais que ainda vêem as suas crias como meras crianças e que de repente têm já de se preocupar com assuntos de adulto. Apesar disso, neste caso, os pais reagem de forma a solucionar e a tornar a sua vida mais fácil, inteirando-se e fazendo parte do processo: indo com ela ao médico e acompanhando-a quando vai conhecer os potenciais pais adoptivos. Deparámo-nos, então, com um contexto de família como uma base de suporte bastante forte e necessária.

Por outro lado, também se aborda a dificuldade da sociedade em entender os jovens, vendo-os muitas vezes como pessoas inconsequentes e nada capazes de assumir as suas responsabilidades (cara de alívio da técnica de ecografia quando se diz que o bebé vai ser dado para adopção, dando a entender que a jovem seria uma má mãe). Por outro lado, será que jovens que se encontram nesta situação não poderão aproveitar para desenvolver a sua maturidade, mais cedo, é certo, mas de forma igualmente consistente?

Aborda também a dificuldade que alguns casais enfrentam, hoje em dia tema recorrente, de não conseguir engravidar.

O filme também trata a dificuldade de um homem em ser pai, porque não imagina ter tanta responsabilidade ou porque existem outras prioridades na sua vida. No filme o pai adoptivo põe em evidência questões pessoais, nomeadamente a sua auto-realização (ser uma estrela de rock). Esta dificuldade pode acontecer também nas mulheres, provavelmente noutros tempos nem sequer se pensava nesta possibilidade porque a mulher estaria completamente e sempre receptiva a ser mãe, aliás este era o seu papel e dever na sociedade. Porém, enquanto uma mulher passa por todo o processo de ser mãe, e é parte activa, o pai por vezes é um mero espectador, aguardando a altura do nascimento para começar a intervir no processo de acompanhamento da criança. Este aspecto não facilita a sua concepção de ser pai, pois a responsabilidade por um novo ser por vezes só é percebida no momento em que o recebe nos braços e se apercebe da sua fragilidade.

No caso do filme, sendo um pai adoptivo esta percepção é ainda mais distante, porque não há qualquer envolvimento físico do casal na gravidez e o emocional é de uma componente muito frágil, pois existe a possibilidade de a mão biológica desistir e ter-se-á de lutar com uma situação próxima de luto.

A questão do divórcio também está aqui implicada. A separação de um casal é uma situação que traz as suas mudanças psicológicas e emocionais. Neste caso é curiosa a forma como acontece pois esta insegurança não seria de espera uma vez que estariam (à partida) preparados para ter filhos, constituir família e de repente existem desentendimentos graves relacionados com este aspecto. Ter filhos é uma questão essencial que tem de ser discutida pelo casal. Ter a certeza que ambos querem essa responsabilidade e que procuram o mesmo, para mais tarde não se tornar numa questão de insegurança para a criança. Por outro lado, também poderíamos abordar a questão de hoje em dia as famílias monoparentais já estarem preparadas (e terem também muitas formas de apoio) para educar uma criança, pois consegue-se obter uma educação com sucesso na presença de apenas uma das figuras. Claro que este ponto é ainda discutível actualmente e que principalmente uma sociedade conservadora como a nossa, ainda não o aceita totalmente.

De facto, se olharmos com mais atenção, “Juno”, de forma clara e optimista, ensina-nos a encarar os problemas de frente, procurando agir e não apenas ver acontecer.


sexta-feira, 22 de abril de 2011

Time for popcorn #8

Esta semana sugerimos o filme “As Horas”, 2002, de Stephen Daldry. Vencedor do Óscar de melhor actriz através de Nicole Kidman pela interpretação de Virgínia Woolf.
A película descreve a história de três mulheres que carregam nas suas vidas sentimentos em comum, satisfações e o próprio fracasso. Embora as personagens vivam em espaços distintos, as suas narrativas intercalam-se. Virginia Woolf é uma escritora, afastada da agitação de Londres e apercebe-se, com o passar dos dias, que se torna mais infeliz e angustiada, acabando por deixar transparecer os seus sentimentos para a sua própria obra. Laura, mãe e dona de casa, vive um conflito interno entre a aparente tranquilidade e felicidade familiar e a artificialidade do casamento e dos sentimentos e pensa na morte para escapar da realidade da sua vida medíocre; está a ler o livro de Virgínia Woolf, o qual reforça sua ideia de evasão e suicídio. Por fim, Clarissa, mulher do século XXI, uma editora bem sucedida vive um relacionamento lésbico de longa data. Preocupa-se, de momento, com a festa de comemoração à atribuição de um prémio à obra do seu melhor amigo e ex-amante, Richard. Este, vive fechado num apartamento imundo e é portador de HIV. No meio dos preparativos, Clarissa pressente o vazio daquela arrumação fútil e o peso das horas.
Resumindo, deparamo-nos com uma mulher que gostaria de ser uma personagem de um romance, uma que o escreve (a própria Virgínia Woolf), outra que o vive.
Na nossa opinião este é mais um filme que retrata muitos problemas pessoais e que cada vez se tornam mais sociais. Sentimentalmente carregado, demonstra pequenas incoerências familiares que podem fazer ruir até a melhor fortaleza. A frustração do tempo e o próprio cansaço, a rotina absurda e previsível da vida, cria, na maior parte das vezes, um desgaste psicológico que pode conduzir a uma mudança radical ou até mesmo a uma atitude drástica. Referindo-nos, claro está, com conhecimento de causa por já termos visto o filme, às ideias de suicídio de Virgínia Woolf que todas as personagens principais vão evidenciando. Este, é cada vez mais, um tema que necessita de ser entendido e explorado pela sociedade, pois é necessária uma intervenção no sentido da compreensão e de como saber lidar com esta situação.  Solidão, ao mesmo tempo, infelicidade, doença, identidade e realização sexual, são temas cada vez mais debatidos na adultez e que tomam uma repercussão importante no desenvolvimento enquanto indivíduo e enquanto cidadão. São essas lutas internas e universais que transformam, em todos nós, a auto-realização e a existência sentida e que impedem que as horas e os momentos se tornem insuportavelmente decadentes. As decisões que tomamos e a forma como procuramos valorizar a vida e a percepção da efemeridade das horas transformará estas mulheres em quem sabe nós mesmos! Um filme que nos leva a pensar que nem sempre a vida é aquilo que esperávamos e que o passar das horas apenas leva a um aumento do desespero, ao pensamento de que nada muda com o passar do tempo e de que somos seres realmente sem poder.

Nem sempre as horas são diferentes, há que viver cada momento como se fosse o último, é a mensagem que nos deixa este brilhante filme que relata problemáticas reais e actuais do adulto!
se for curioso e quiser saber mais, aqui também disponibilizamos sempre o site do IMDb: http://www.imdb.com/title/tt0274558/ 

domingo, 17 de abril de 2011

O estranho caso de Ronald DePinho #2

Sempre atentos às exigências dos nossos leitores, e em resposta ao seu pedido de mais informações acerca da reportagem publicada, iremos deixar aqui um link de um vídeo da cadeia televisiva CNN que ilustra melhor a experiência/descoberta realizada por Ronald DePinho, bem como a notícia do jornal Expresso sobre o mesmo tema: http://aeiou.expresso.pt/fonte-da-juventude-esta-dentro-de-nos=f629921

Deixamos também a sugestão de leitura da notícia publicada na revista Nature, revista na qual foi publicado o estudo no final de 2010: http://www.nature.com/news/2010/101128/full/news.2010.635.html

Uma vez mais apelamos à vossa opinião acerca deste tema...
Considera estes avanços benéficos? Ou, por outro lado, pensa que atrasar o relógio do tempo irá contra tudo aquilo que acreditamos ser hoje o processo de envelhecimento?

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Time for Popcorn #7

Esta semana apresentamos o filme “Nunca É  Tarde Demais”, de Rob Reiner (2007), que conta a história de dois homens de mundos completamente diferentes, mas cujos caminhos se cruzam devido a uma infelicidade da vida quando ambos se vêem perante a dura tarefa de enfrentarem uma doença. Porém, não é só isso que têm em comum: descobrem que ambos desejam gastar o tempo que lhes resta a fazer algo que nunca fizeram. Embarcam, então numa viagem na descoberta do mundo e de si mesmos. 

Este filme, recheado de humor e lágrimas, ensina a quem o vê a ter mais prazer nas possibilidades que a vida oferece e a aproveitar todos os esses momentos com uma intensidade infinita.
Apesar destas duas personagens já estarem nos anos maduros da sua vida, a sua mensagem é para todas as idades – saber distinguir o que é importante e tem significado, ao olharmos pela lente de quem já tem a experiência.


A nosso ver, nunca é tarde para se fazerem coisas que sempre sonhamos realizar, aqueles grandes voos que todos já tivemos em pensamento por diversas vezes, mas que por diversos motivos nunca tivemos coragem ou forma de fazer. A vida profissional, o desenvolvimento de uma família e das crianças que dela advêm podem ser duros fardos na vivência da adultez. Do mesmo modo, enfrentar uma doença típica da idade adulta pode trazer à tona a vontade de aproveitar cada minuto, cada segundo como se fosse o último. Com o desenvolvimento, todos nós pretendemos amadurecer e passar a ter mais para viver do que para sonhar.


"Nunca É Tarde Demais", é para ser visto com a família, com os amigos ou mesmo sozinho. O importante é desfrutar. Bom fim-de –semana!

The simplest thing is... I loved him. And I miss him. Carter and I saw the world together. Which is amazing... When you think that only three months ago, we were complete strangers! I hope that it doesn't sound selfish of me but... the last months of his life were the best months of mine. He saved my life... And he knew it before I did.

Para os que se querem informar mais , aqui fica o site da IMDb: http://www.imdb.com/title/tt0825232/awards

domingo, 10 de abril de 2011

O estranho caso de Ronald DePinho

Envelhecer é inevitável?
Há cerca de duas semanas a SIC transmitiu uma reportagem intitulada “A Interna Juventude”, baseada no trabalho pioneiro do investigador Ronald DePinho, que reverteu o processo de envelhecimento em ratos de laboratório. 

O que DePinho concretizou já há milhares de anos era ambicionado. Pedra filosofal, elixir da juventude, cirurgia estética, cremes e mais cremes… são formas pelas quais a humanidade tentou e tenta prolongar a sua juventude.

Será que finalmente encontrámos a fórmula? Será o envelhecimento irreversível?

Os investigadores afirmam que os resultados foram surpreendentes, apenas esperavam que houvesse um abrandamento do envelhecimento. Os animais, com condição física equivalente a 90 anos de idade, no final da experiência tinham capacidade cognitiva, olfacto, visão melhorados e voltaram a ser férteis.

Estes resultados abrem novos caminhos e possibilidades mas até que ponto isto significa um avanço? Quais serão as verdadeiras implicações?

De facto, viver a idade da velhice com maior qualidade de vida tem os seus pontos positivos: viver até mais tarde actualmente significa viver em dor, pois a idade da velhice está assolada de doenças como cancro, Parkinson, Alzheimer, diabetes, artroses... Seria desejável ser saudável e possuir todas as faculdades para que se desfrutasse os últimos anos de vida com qualidade.

Por um lado estaríamos a contrariar o normal processo de envelhecimento da humanidade. Quem pode adivinhar o que pode advir, quer seja individualmente ou em termos demográficos?


Para ouvir e ver a reportagem na íntegra: 

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Time for popcorn #6

Happiness, 1998, de Todd Solondz é o filme de eleição desta semana. Divertido e hilariante, tudo o que se precisa para recuperar energias no fim-de-semana.
Retrata a vida de três irmãs e das pessoas que se movem à sua volta. A mais nova, Joy, trabalha num centro de educação de imigrantes e, sendo rejeitada constantemente nas suas relações amorosas, conhece e envolve-se com um de seus alunos. Mas não será ele casado? Helen, a irmã do meio, é uma autora conceituada e, podendo ter os homens que quiser, não se dá bem no amor. Fascinada quando começa a receber uns telefonemas obscenos em casa, desilude-se ao descobrir que afinal é o seu vizinho Allen. Rejeitando-o por não se sentir atraída, envia-o directamente para uma depressão. Trish, é uma dona de casa casada com um psiquiatra e tem três filhos. Depois de vários anos de casamento, descobre que o marido é um pedófilo e que continua no activo. Esta descoberta abala a sua relação, supostamente estável, e o divórcio parece estar eminente. Os seus pais não são felizes. Separam-se e de seguida o pai tenta envolver-se com uma vizinha, mas descobre que é incapaz de sentir emoções.
Este filme teve um grande impacto na sociedade, tentando demonstrar o quão difícil pode ser construir uma vida adulta realmente estável e como pode ser drástico ter de enfrentar pequenos problemas emocionais quando a nossa família está a ruir por dentro. Trata de temas ainda actuais como casamento, divórcio, trabalho e vida amorosa.
Na nossa opinião, a problemática do ser feliz e, os meios que nós usamos para atingir esse fim podem ser muito complexos. As relações nem sempre são o que esperamos e sendo uma das  bases do que somos, ajudam-nos a crescer emocionalmente e desafiam-nos a procurar sermos melhores. O desenvolvimento enquanto adulto e a forma que pensamos construí-lo pode ser alterado e diversificado por cada um. Sem dúvida as emoções sentidas, neste período do desenvolvimento humano, são das mais fortes e as que maior impacto terão em todo o restante processo desse mesmo desenvolvimento. Afinal, a vida adulta é consequência da infância de cada um e, ao mesmo tempo, moldará a nossa velhice.



Não esquecendo o prezado leitor, aguardamos a sua opinião relativamente a este grande filme. Desfrute do fim-de-semana com os que mais gosta, porque afinal “é uma infelicidade que existam tão poucos intervalos entre o tempo em que somos demasiado novos e o tempo em que somos demasiado velhos(Montesquieu).
Aqui também disponibilizaremos sempre o link para a página do iMDb, onde poderá aceder a informações sobre o elenco, argumento, goofs e muito mais! : http://www.imdb.com/title/tt0147612/

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Desafio #2 - Geração à rasca

Pretendemos estabelecer uma relação entre o texto “geração à rasca” e a temática focada no nosso blog. A geração descrita nasceu na década de 90, imergindo com ela um novo estilo de vida em toda a Europa. A proliferação do emprego, os novos serviços, o fácil acesso ao crédito, estratégias de marketing, o maior acesso a internet/informação, o aumento de alfabetizados e a entrada maciça de jovens nos serviços de educação, tornou o jovem actual mais individualista, consumista, e com um poder absoluto nas novas tecnologias.

De que forma esta geração se relaciona com o adulto actual?
Existem pontos que são marcantes na passagem da adolescência para a vida adulta e alguns passam pela independência financeira, a entrada no mundo de trabalho e a separação da família.

Actualmente, o jovem adulto vive numa constante agitação na busca de emprego, sendo obrigado a viver até tarde em casa dos pais mantendo, no entanto, a mesma qualidade de vida. Tal como o autor refere, “ educaram os meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades”. Pelo contrário, em décadas precedentes, o jovem detinha outro tipo de necessidades, ou seja, imergiram novas prioridades. Assim o jovem do passado voltava-se para o trabalho e para a construção familiar, ao invés, o jovem actual busca insaciavelmente uma auto-realização pessoal. Embora os pais tenham tentado proporcionar-lhes uma vida melhor, na compensação da sua própria juventude pouco vivida, até que ponto prepararam o jovem adulto para situações de frustração?

Se observarmos a geração dos nossos pais podemos verificar uma diferente gestão de recursos financeiros, numa era de prosperidade e transformação social e política. Mas se usufruíram de uma maior disponibilidade de bens essenciais (e também supérfluos) foram capazes de construir uma família, ainda que esta fosse mais reduzida do que no passado, e vingar a infância pobre que viveram.  

O que é que a geração à rasca pode fazer? A procura de emprego mesmo em áreas diferentes das quais se formou ou actualizar o conhecimento para uma aplicação mais eficiente na sua área, poderá tornar o jovem mais apto para o mundo do trabalho. Acrescenta-se ainda a necessidade dos jovens adquirirem maior responsabilidade no consumo e um acréscimo na independência económica. 

A acontecer...

Mil Razões organiza este Sábado, 9 de Abril, no Auditório Horácio Marçal, no Porto,  as 1ªs Jornadas sobre a Idade Maior, onde se convida a participar todos aqueles interessados em temas como memória, saúde sexual, cuidados familiares, pobreza ou exclusão no envelhecimento.

Para consultar o programa ou saber mais clique no seguinte link: http://milrazoes.no.sapo.pt/index_ficheiros/Page1625.htm

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Time for Popcorn #5

Esta semana recomendamos um clássico, baseado no Best-Seller de Nicholas Sparks, O Diário da nossa Paixão, 2004, de Nick Cassavetes.

O filme conta-nos a história de dois jovens, Allie e Noah, que se apaixonam profundamente durante um verão repleto de emoção e liberdade. Mas rapidamente são separados pelos pais de Allie que insistem que Noah não pertence ao seu mundo.

Vários anos mais tarde, eles encontram-se novamente e o amor que sentem se inflama de novo, forçando Allie a escolher entre o amor e a sua classe social. Terá o amor força suficiente para vencer?
Décadas depois, um homem lê um caderno antigo para uma mulher que visita regularmente no asilo. Embora a memória dela esteja enfraquecida, pouco a pouco, ela deixa-se envolver pela magia da presença dele, do que ele lhe lê, pela ternura dele... E o milagre acontece.

O Diário da Nossa Paixão é uma história com uma força delicada e comovente, uma beleza surpreendente e arrebatadora. Fala-nos principalmente da força do amor, para além da barreira das memórias.

Este filme foi escolhido porque nos fala de perto sobre o que é envelhecer ao lado de uma pessoa que lentamente se vai esquecendo de tudo o que foi vivido. Abordando o tema de Alzeihmer parece-nos importante perceber o impacto, não só da doença, mas também o impacto na relação e emoções entre um casal idoso, que experienciou uma vida em conjunto. Que adaptações se vão fazendo (se é que existem), que atitudes face ao término da vida, que amplitude toma a doença na vida de um casal.


Aproveite para descontrair e tirar um momento só para si.
Divirta-se.

Aqui também disponibilizaremos sempre o link para a página do iMDb, onde poderá aceder a informações sobre o elenco, argumento, goofs e muito mais! : http://www.imdb.com/title/tt0332280/