O envelhecimento actual é uma realidade por todos nós conhecida. O aumento da população idosa verificado desde os finais do século XX, a melhoria da qualidade de vida, o melhor acesso aos cuidados de saúde, a criação de espaços de apoio a esta população levou a uma maior preocupação com a referida faixa etária.

No entanto, problemas como a solidão e o abandono familiar, continuam a perdurar nas suas vidas. Cabe-nos a nós tentar uma alteração na atitude e nos comportamentos passivos e dependentes dos idosos. A OMS, na década de 90, estabeleceu um novo conceito - “envelhecimento activo” – difundindo-o entre países. Este conceito rege-se por “processos de optimização das oportunidades de saúde, participação e segurança na melhoria da qualidade de vida, com o passar dos anos”.
É necessário, então, reformular o modo como se encara o tempo e a vida, tornar as pessoas menos passivas e mais autónomas. É fundamental procurar actividades que lhes dêem prazer, divertimento e satisfação. Dançar, praticar desporto, participar em excursões, trabalhos voluntariados e a participação em grupos destinados à terceira idade são algumas formas de participar activamente e revolucionar a velha conceptualização de idoso.
Resta, portanto, sublinhar os benefícios adquiridos com o “envelhecimento activo”, como é exemplo a prática de exercício físico, que possibilita a aquisição de diversos benefícios: como melhoria da auto-estima, aumento da densidade óssea, manutenção de mobilidade, reflexos, equilíbrio, melhoria da capacidade cardíaca e respiratória e redução da probabilidade de contrair certas doenças.
Destaca-se também o papel do convívio com outras pessoas, que pode proporcionar uma fuga ao isolamento, tantas vezes sentido e relatado por estas pessoas, seja porque já não têm família ou porque esta se foi afastando progressivamente deles.
Aproveitamos agora para fazer ligação com o livro “Envelhecimento activo”, já referido numa postagem anterior, coordenado pela Drª Constança Paul. Segundo a mesma, “cabe às pessoas escolher como querem envelhecer”. O livro procura transformar o saber em acção, pois possui actividades para dinamizar o dia-a-dia de cada um de nós, de forma a sentirmo-nos melhor em qualquer idade.
“Sinta-se com a idade que tem, mas não se limite por ela, pois saber viver pode acrescentar 10 anos à vida, aumentando a sua qualidade.” (palavras proferidas pela Professora Liliana Sousa durante a apresentação do referido livro).
Bibliografia consultada:
Gleitman, H., Fridlund, A., Reisberg, D. (2011). Psicologia. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
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