Quebrando a rotina da habitual sugestão de cinema, esta semana iremos sugerir também a leitura do último livro de Alice Vieira, “O Livro da Avó Alice — Histórias e Memórias para Todas as Avós do Mundo” , aproveitando para disponibilizar o link do vídeo da entrevista dada ao jornal Público no passado dia 3 de Maio: http://videos.publico.pt/Default.aspx?Id=973ec043-d7b9-49b6-9ee7-ea40d2cf2921
Este é um tema que se insere na temática deste blog, pois ser avó é normalmente uma das etapas da idade adulta.
O significado daquilo que é ser "avó" tem vindo a mudar nos últimos anos, sendo hoje sinónimo de companheirismo, amiga que ouve e aconselha e também de alguém que é aceitável que tenha namorado e perfil no Facebook (como referido no jornal). Por outro lado, como referido pela própria Alice Vieira são "avós a dias", que cuidam permanentemente dos seus netos, indo buscá-los à escola e correndo com eles para as actividades, fazendo um pouco o papel dos pais que, demasiado ocupados, deixam de ter tempo para as actividades básicas do dia-a-dia e talvez até para ouvir os seus filhotes contarem as aventuras depois de um dia cheio de novas descobertas.
Bom ou mau? Não sabemos bem...
Alice Viera escreve no seu livro que : "De um dia para o outro- mesmo que o espelho nos devolva a imagem de uma mulher ainda nova , razoavelmente elegante, cabelo às madeixas- ficamos para sempre presas as estereótipo que os nossos netos têm de nós: carrapito, óculos, avental, chinelos, bengala e uma leve corcunda a despontar nas nossas costas"(págs 21-23). De facto, hoje em dia é-se avó cada vez mais cedo, mas a imagem que todos temos ao imaginar uma avó é esta mesma que é descrita.
Mudam-se os tempos mas nem sempre se muda a nossa visão do Mundo!
Aproveite para ler este livro e deixe-nos a sua opinião.
Votos de um bom fim de semana.
1 comentário:
Olá a todos,
Gostei de perceber que “agarraram” o filme atendendo a diferentes pontos de vista e evidenciando uma multiplicidade de temáticas envolvidas. Poderiam ter explorado um pouco mais as questões da “adultez” (o que é ser adulto?) fundamentando teoricamente a reflexão.
Entretanto, é bom saber que estão activos e atentos ao que se passa na actualidade e achei particularmente pertinente a referência a um livro muito recente de Alice Vieira.
Tenham atenção ao português: uma boa ideia fica muito pobre quando mal escrita.
Boa semana académica.
Beijinhos.
GP
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